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Diga-me o que repetes que te direi quem és

  • Foto do escritor: Kin Aguiar
    Kin Aguiar
  • 12 de jan. de 2021
  • 1 min de leitura

Não é que estejamos fadados a nos definir pelo que repetimos. Se assim fosse, a psicanalise não existiria, já que ela pode dar um caminho outro para as repetições. A repetição tem estatuto de verdade, da verdade do inconsciente, do sintoma e de gozo.


Mas aquilo que forçosamente insistimos em repetir, os clichês que mantemos, mesmo à revelia de dor e sofrimento, fala do DNA da nossa constituição, desde lá de trás, quando se era um pedacinho de carne, até hoje, quando se é ainda um pedaço de carne, só que muito mais complicado e envelhecido.


O curioso é que a repetição também apazigua. É aquela repetição que mantemos para termos a sensação de sermos consistentes, para dizer que somos isso ou aquilo, para nos dar uma sustentação, uma borda, uma imagem diante do outro.


Mas esse apaziguamento, esse alívio narcísico, cai por terra quando temos a chance, numa análise, de ver o trabalho que dá manter essa engrenagem que funciona para dizer ao outro quem somos.


A repetição esta aí, posta e colocada. A questão é sair de uma repetição mortífera e pontiaguda, para a repetição consentida, simbolizada, mais amena – fruto de um acordo entre nosso sintoma (já que não vivemos sem ele) e a criatividade.


Vamos ficar por aqui.


 
 
 

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